sexta-feira, 30 de abril de 2010

GOSTO DE SER ASSIM


Gosto de mim
Gosto de ser assim
Gosto do que sou
Gosto do amor
Gosto de amar
Gosto de beijar
Gosto de ser beijado
Gosto do inusitado
Gosto do beijo roubado
Gosto do sorriso
Gosto de amigos
Gosto do Proibido
Gosto do envolvente
Gosto do sexo ardente
Gosto de noites quentes
Gosto de ser diferente
Gosto de dias frios
Gosto de está no cio
Gosto que me atice
Gosto de fetiche
Gosto de lábios vermelhos
Gosto de espelhos
Gosto de luz acesa
Gosto de surpresa
Gosto de toques jamais sentidos
Gosto de prazeres jamais vividos
Gosto de viver.
Mas, o que me faz feliz
É quando alguém diz
Gosto muito de você

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

NOITE FRIA


Noite fria
Cama vazia
Lembranças de você
Saudade de te ver
Vontade de lhe ter
Aninhar em seus braços
Desfazer laços
Desvendar segredos e mistérios
Noites frias te espero
Te amo, te quero
Dividir alegrias
Realizar fantasias
Sentir teu calor
Meu corpo aquecer
Na cama prazer
Desejo você
Amar e fazer amor.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

ANGÚSTIA E RELACIONAMENTO


As vezes um relacionamento
Nasce das angústias sentidas
Por duas pessoas frágeis,
Que revelam seus sentimentos
Em forma de desabafo
Aliviando naquele momento
As angústias incutidas na mente e no coração.
Essas relações são frágeis
Com sentimento de perdas,
Mesmo que estejam apaixonados
Não conseguirão manter
Um relacionamento contínuo e duradouro.
Por serem angustiados,
O psiquismo busca incessantemente
Soluções para suas angústias
Através de novos parceiros
Que se tornarão objetos do próprio desejo.

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

SONHAR É PRECISO


Sonhar é preciso,
Não importa a idade que tenhas.
Por que através dos sonhos,
Os jovens buscam seus ideais
E os velhos renovam suas esperanças.

José Augusto Cavalcante

MORTE LENTA


Quando a alma vive em pecado
Haverá um momento em que o espírito fragilizado
Atrairá para si as enfermidades da carne
E o corpo enfermiço perecerá em remorso
As lembranças sórdidas do passado

O prenúncio do desencarne
Impõe ao encarnado
A tortura do pecado
Que encarcerado no leito
Agoniza seu pesar com a morte lenta da carne

Ó morte impiedosa, paciente e invencível
Com lágrimas e gritos celebra seus ritos
Rondando o corpo até o último suspiro
Quando o espírito deixa o corpo físico
E parte endividado por mundos infinitos

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

CÁRCERE CARNAL


Senhor,
Tenho sede de você
Tenho fome de te vê
Tenho vontade de morrer
Me desprender deste cárcere
Esta carne que me envolve
Me prende e me absorve
Desde quando eu existo
Foram tantos conflitos
Que sinto-me perdido
Entre as vaidades da carne
E a humildade do espírito.
Então vem Senhor,
Tira-me deste conflito
E leva-me contigo.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

FILHOS INFELIZES


Meu Deus,
Olhai os lares que se tornaram abrigos
De filhos infelizes e irmãos inimigos
Fingidos de amigos
Somente diante da dor.
Tende piedade Senhor
Destas almas ignorantes,
Jamais por um instante
Foram instrumento do teu amor.

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

AMOR VERDADEIRO


Quando se ama verdadeiramente
A alma ganha dimensões infinita
E se agiganta diante dos obstáculos
Com força determinação e coragem.
Mas, é preciso renunciar aos caprichos
Da vaidade e se revestir de humildade
Para melhor compreender limites e fraquezas de cada um.
O amor verdadeiro não violenta, não fere, não discute,
Não sufoca e não esquece. Ama simplesmente
E o que for construído será compartilhado
Com alegria e equilíbrio unificando ainda mais
Os laços desse amor.


AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

quarta-feira, 28 de abril de 2010

DÓI NA ALMA




Dói na alma,
Quando a esperança está perdida,
Quando a confiança está banida
Quando o destino frustra a vida
E o amor insensível fere o coração

Dói na alma,
Quando se doa
E o sabor dessa doação,
É o fel amargo da soberba
E o gosto desprezível da ingratidão.

Dói na alma,
Quando os seus não te amam
E a família construída sobre o véu da aparência
Pouco a pouco desmorona como terra
Quando desintegra em erosão.

Dói na alma,
Quando os corações se entregam ao amor
E os laços que ligam essa união
São cortados com as lâminas do egoísmo
deixando dores, lágrimas e aflições.

Dói na alma,
Quando o eco de tua voz
Perde-se no vazio da intensa multidão,
E em entre tantos corações
O teu pulsa a agonia da fria solidão.

Dói na alma e dói profundo,
Oh Deus, tu que és Senhor de todos os mundos,
Essência de poder, amor e verdade,
Consola os teus filhos aflitos,
Com o bálsamo da tua bondade.

Jose Augusto Cavalcante

terça-feira, 27 de abril de 2010

AMOR SEM SEGREDOS


Quando tomo nos braços
A mulher que amo
Perco a voz,
Mas pra que falar,
Quando os corpos se atraem
Não há segredo.
Basta um toque, um olhar,
Um beijo,
E o pulsar de meu coração
Já lhe diz o meu desejo.

José Augusto Cavalcante

domingo, 25 de abril de 2010

PROVAÇÃO


Ó Deus,
Eu sei que tu és essência de amor, poder e bondade,
Assim como, misericórdia e perdão.
Mas, não devo esquecer
Que és também todo justiça
E jamais permitiria qualquer sofrimento
Se não for por justo merecimento.
Portanto, as dores que hoje me castigam
São resquícios de minhas imperfeições,
Por isso aceito-as como advertência salutar
E resgate de minhas dívidas espirituais
Diante de tua vontade e provação de minha fé.

José Augusto Cavalcante

REFLEXÃO


Que bom seria
Se nós tirássemos
JESUS da cruz,
Dos livros, da bíblia,
Da história,
Para colocá-Lo vivo
Em nossos corações
E em nossas vidas.

José Augusto Cavalcante

AS MÃOS DE DEUS


Por mais profundo que seja
O abismo em que te encontre
Não blasfeme e nem desanime
Porque jamais haverá profundidade
Que esteja fora do alcance
Das mãos misericordiosas de DEUS.

AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

sábado, 24 de abril de 2010

DOCES LEMBRANÇAS


Apesar da noite fria
e dos arrepios de meus poros,
sinto um calor me devorar
que não me deixa dormir.
Porém, enquanto não durmo
a saudade me traz doces lembranças,
e mesmo no vazio de sua ausência
meu corpo sente a tua presença
e meus sentimentos
se enchem de esperança.

José Augusto Cavalcante

sexta-feira, 23 de abril de 2010

JESUS, ENTRA NA MINHA CASA


Jesus
Entra na minha casa e faça do meu lar a tua morada
Assim não haverá conflitos por que teu reino é de paz
Não haverá ódio porque és amor
Não haverá orgulho por que és humildade
Não haverá egoísmo por que és caridade.
Não haverá ressentimento por que és misericordioso
Não haverá abandono por que és onipresente
Não haverá fraqueza por que és onipotente
Não haverá dúvida por que és onisciente
Não haverá intriga por que és conciliação
Não haverá enfermidade por que és cura
Não haverá aflição por que és consolação
Não haverá trevas por que és luz
Não haverá desencontro por que és o único caminho
Não haverá mentira por que és verdade
Não haverá morte por que és vida
Por isso seguirei firme sem temer os desafios que virão.
Eu sei que os sacrifícios serão dolorosos, mas não recuarei.
Perseverei com fé e buscarei em ti a misericórdia do perdão
Pra quando a morte abater meu corpo
O meu espírito esteja santificado em tuas mãos.
QUE ASSIM SEJA.

Jose Augusto Cavalcante
Publicado no Recanto das Letras em 09/05/2009
Código do texto: T1583805

quinta-feira, 22 de abril de 2010

PERPLEXIDADE


As pessoas moralizadas ficam perplexas
diante do poder das falácias enganosas
de líderes dominantes. Diante das ambições
desmedida de uma sociedade que ostenta o
luxo e aplaude as conquistas alicerçadas
nas arbitrariedades. Diante das ilusões
desvairadas dos fetichismo das vaidades
fúteis do cotidiano. Diante do orgulho
que massageia o ego da soberba e alimenta
a fome insaciável das imperfeições.
Diante da insensatez do pecado a
sociedade dominante não enxerga os porões
do abandono, onde incontáveis criaturas
desfalecem famintas a espera tão somente
da misericórdia de Deus.
Para essa sociedade atrasada que em
nada agrada a DEUS, seria muito bom que
recordasse JESUS, que reaproximasse DELE,
que refletisse e analisasse sobre o que já
fizeram e o que ainda podem fazer em favor
do próximo e de si mesmo.
Abram seus corações e mentes, para que
JESUS possa deixar em cada um o poema das
BEM-AVENTURANÇAS.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

quarta-feira, 21 de abril de 2010

SONO PERFUMADO


Eu durmo
Inspirando e expirando
Teu perfume
E ao despertar do sono
Te encontro acordada me olhando,
Exalando odores de desejos.
Perfumando com seu cheiro
Nosso leito de amor

José Augusto Cavalcante

TEU AMOR EM POESIA


Teu amor
Tem o fascínio do arco-íris
Que serenamente paira sobre os montes
Seduzindo o horizonte
Com o encanto dos eternos amantes
Teu amor
Tem o orgasmo da fonte
Que jorra sobre o leito natural
Como dois amantes no seu deleite carnal
Teu amor
Tem o aroma das flores
Perfumando meus dias
Exalando desejos e odores
Adensando amores
Com pétalas macias
Teu amor
Tem a força da natureza
Capaz de transformar
A paixão que descrevo
Nesta singela poesia

José Augusto Cavalcante

DAMA E MULHER


Nos encontros sociais
Sou admirada, invejada, bajulada, enaltecida.
Se vestida sou a dama comportada,
Nua sou a dama pervertida.

Na ânsia ardente do desejo
Busco o prazer nas emoções das aventuras
Se nas ruas sou a dama da sociedade
Na intimidade sou a dama da luxúria.

Revestida de fineza e elegância
Sou a mentira que a sociedade quer
Se para os flash sou a dama interessante
Na alcova sou apenas a mulher

José Augusto Cavalcante

SIMPLESMENTE TE AMO


Se um dia olhares nos meus olhos
E encontrares sinais de amor
Não pense que estou delirando
Pense simplesmente que te amo.
Mas, se olhares para mim
E achares que estou delirando
Não pense que enlouqueci
Pense simplesmente que te amo.

Se o eco de minha voz não for ouvido
E ninguém vier ao meu encontro
Não pense que o amigos me esqueceram
Pense simplesmente que te amo
Mas, se ouvires o meu grito por teu nome chamar
Não é para que venhas me socorrer
Mas para que saibas de uma vez
Que simplesmente te amo

Jose Augusto Cavalcante
Publicado no Recanto das Letras em 08/05/2009
Código do texto: T1581940

CAMINHO DE VOLTA


Quando andares nos caminhos da vida
Tenha sempre o cuidado
Com o que deixas para traz,
Mesmo que as estradas forem destruídas
O que você construiu o tempo não desfaz.
Mas o que será que marcaram as suas pegadas
Nesta rápida passagem que Deus te concedeu?
Será que ficaram marcas felizes
Com sorriso nos rostos,
Ou deixaste cicatrizes com lágrimas de desgosto.
Será que semeasse o trigo da bondade
Ou cultivasse o joio que prolifera a maldade.
Será que das tuas mãos brotaram caridades
Ou massagearam o ego pecaminoso da vaidade.
Será que o teu coração era fonte de amor
Ou jorrava sentimento de desprezo, orgulho e dor.
Portanto, nunca esqueça o que plantasse nessa caminhada
Porque as suas pegadas já marcaram o caminho de volta,
E quando voltares colherás em abundância
Tudo que semeasse nesta passagem.

José Augusto Cavalcante

terça-feira, 20 de abril de 2010

PAIXÃO INCONSEQÜENTE


Das paixões inconseqüentes
Nasceram os mais dolorosos amores.
São relacionamentos frágeis,
Com crise de possessividade
E carência afetiva.
As cobranças não atendidas
Tornam-se brigas maus resolvidas,
Com lágrimas reprimidas
Ou choradas escondidas.
As noite maus dormidas,
São longas e angustiantes
Dando uma impressão de serem eternas.
Estas relações de aparente independência
São como areia movediça,
Você procura e não encontra
A real consistência.

José Augusto Cavalcante

CONVERSANDO COM JESUS


Jesus,
Chorei quando refleti
Sobre as chagas de tua dor
Estudei, evangelizei
Lutei por ti
Lutei por mim
Lutei por amor
Fiquei cansado
Fiquei caído
Fui desprezado
Fiquei sem amigos
Chorei e desfaleci
Quase morri, adormeci
Acordei e blasfemei
Me perdi e te feri
Murmurei contra ti
Agora, suplico o castigo
Pelos meus disparates
Tortura meu corpo
Joga-me no cárcere
Arranca de meu peito
Este coração pernicioso
Mas por favor
Não seja misericordioso comigo
É preciso que eu sofra
Para regenerar minha alma
E evoluir meu espírito

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

domingo, 18 de abril de 2010

SÚPLICA


Meu Deus,
Aqui estou aos teus pés,
Prostrado, humilhado, um corpo em pecado,
Um vaso quebrado,
Um resto de barro que chega ao fim.
Pai, tu sabes tudo de mim
Conheces até o pulsar de meu coração
E a resignação de meu sofrimento.
A dor que sinto me levou ao pendor da indulgência
E a tua presença me fez prosternar arrependido.
Agora em prece te suplico,
Lança sobre meu espírito submisso
O olhar misericordioso de teu Filho
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus, meu irmão e amigo de todas as horas,
Eu sei que não sou digno de vossa misericórdia
Por que pequei tantas vezes contra ti
Por pensamentos, palavras e obras.
Mas sei também, que és essência
De amor, poder, bondade e perdão.
Por isso em suas mãos entrego meu espírito
Para que faças o que for preciso,
Mas não me abandones, eu te suplico.
Perder você seria o meu pior castigo

Autor - José Augusto Cavalcante

CHAMA ACESA


Jesus vive dentro mim
Assim como a chama da luz
Está dentro da lâmpada
Basta um toque para irradiar

José Augusto Cavalcante

REFLEXÃO


Quando lemos uma mensagem sagrada
É a palavra de Deus
Sendo proferida pelos nossos olhos
Indo de encontro a alma
Através do pulsar de nosso coração

José Augusto Cavalcante

sábado, 17 de abril de 2010

REFLEXÃO


O Pastor conhece todas suas ovelhas
Mas é preciso que as ovelhas conheçam
A voz do pastor

José Augusto Cavalcante

REFLEXÃO DA ALMA


Se você pede a Deus
Algo que nunca teve
Terá que fazer um bem
Que você nunca fez

José Augusto Cavalcante

sexta-feira, 16 de abril de 2010

VIDA SEM JESUS


A vida sem JESUS é angustiante.
E por mais que progrida nos negócios
O vazio da alma
É preenchido com o fel da insatisfação.
A busca incessante de ter sempre mais
Impõe ao corpo físico o cansaço
E ao espírito a sede de ganância
Que aos poucos vai se transformando
Num ser irreconhecível e depressivo.
Este mal está se tornado uma epidemia
Que destrói famílias, amigos e vidas
Sem necessariamente matá-las.

AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

RELACIONAMENTOS FRÁGEIS


Por que os casamentos
São frágeis e se auto-destroem?
O que existe por traz desses relacionamentos?
Por que em alguns momentos
São amáveis e solidários entre si,
E em outros são agressivos, selvagens e cruéis?
Será que ainda não perceberam
Que para formar uma família fraterna
É preciso mais do que a união dos corpos.
É preciso que haja a unificação de sentimentos,
E esta unificação só se faz através do amor,
Célula principal para construir
Relacionamentos bons, contínuos e duradouros.

AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

A INCONSCIÊNCIA DOS PRIVILEGIADOS


A inconsciência humana dos privilegiados
Chega ao absurdo de gastar milhões
Para resgatar uma única vida
Que por vaidade ficou à deriva
Em seu veleiro de luxo
Nas águas gelada do atlântico.
Enquanto milhões de vidas famintas
São ceifadas miseravelmente todos os dias,
Diante dos olhos soberbos
De uma sociedade hipócrita, egoísta e cristã.
Quando na realidade,
Todos nós sabemos que essas vidas
Seriam salvas apenas com um pouco de comida
Em suas mãos.

AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

ACORDANDO COM JESUS


Jesus, amanhã quando eu acordar
Derrama sobre o meu espírito
O bálsamo de tua sabedoria
Para que eu possa compreender
Que cada momento vivido em minha vida
É uma dádiva recebida de ti.

Jesus, amanhã quando eu acordar
Derrama sobre o meu espírito
Luzes de amor e bondade
Para que eu possa enxergar o próximo
Com os olhos da alma
E ao falar brote nos lábios
O Bálsamo que acalma

Jesus, amanhã quando eu acordar
Derrama sobre meu espírito
A fonte de tua benevolência
Para que eu deixe nas minhas obras
A solidariedade da caridade pura
E a doçura da tua presença

Jesus, amanhã quando eu acordar
Derrama sobre meu espírito
Fluidos de coragem, equilíbrio e prudência
Para que eu seja instrumento de sua vontade
Não só amanhã,
Mas todos os dias de minha existência

Autor - José Augusto Cavalcante

quinta-feira, 15 de abril de 2010

DUPLA PERSONALIDADE


A busca incessante de parecer superior aos outros,
provoca sentimentos de vaidade,indiferença,
preconceitos, desprezo, inveja,
teatralizando hábitos psíquicos criativos
de dupla personalidade.
Este diagnóstico traumático de conflitos ilusórios,
trava uma batalha mental para substituir
A imagem verdadeira pela fictícia,
e ainda tem de maquiar-se diante das pessoas
que num gesto de repulsa afastam-se vergonhosamente
para não cair no ridículo da cumplicidade.
A dissimulação e a incapacidade de avaliar
as próprias fraquezas, cria uma angústia moral
com resquício de inferioridade
diante das próprias limitações.
Porém, tudo torna mais angustiante quando se percebe
que as aparências podem enganar as pessoas,
Mas nunca enganará a si mesmo.

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

terça-feira, 13 de abril de 2010

NOITES DE DELÍRIOS


Tu és a mulher
Que nas minhas noites de insônia
Penso em você para poder dormir
E entre a fria solidão do quarto
O abstrato de tua imagem
Faz meu corpo delirar
Mulher amante, mulher amiga
És para mim
A imagem viva do prazer
Foi pensando em você
Que delirei, dormi, sonhei
E quando acordei
Estava infinitamente feliz.

FALÁCIAS DE AMOR


Pra você fui presa fácil
Me encantei com seus disfarces
Nas falácias de amor
E neste corpo a corpo sem pudor
Fui abrindo meus segredos
Atendendo meus desejos
Como presa desse amor

sexta-feira, 9 de abril de 2010

RICO JAZIGO


Senhor, estou acorrentado aos erros do passado
E como castigo construí meu próprio cárcere
Um rico jazigo todo de mármore
Onde meu corpo apodrece junto aos vermes do pecado

Senhor, quebra o lacre desta sepultura
Resgata-me desta cova pútrida e frígida
Onde minha alma arde arrependida
E meu espírito agoniza em tortura

Vem, santo espírito consolador
Arrebata-me deste sepulcro podre
Antes que os vermes devorem meu corpo
Derrame sobre este túmulo o bálsamo do teu amor

Senhor, tu que és o caminho, a verdade e a vida
Salva-me deste jazigo e leva-me pra onde quiseres
Mas não permita ao meu espírito o castigo
De ver o corpo consumido pelos vermes

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

sexta-feira, 2 de abril de 2010

DESABAFO


Por mais que o amasse
O meu amor jamais resistiria
Se todas as noites
Deitava ao meu lado
E simplesmente adormecia

José Augusto Cavalcante