segunda-feira, 31 de maio de 2010

PAIXÃO SUBMISSA


Quando chega o momento de tua partida
Minha alma em despedida agoniza
Como se parte de mim fosse contigo
Deixando-me submisso a esta paixão.
Não sei porque acredito nesta relação
Se estou consciente que este amor não me pertence.
Quisera me livrar deste sentimento
Que como demência ou delírio me tortura
E não consigo libertar meu coração desta amargura.
Neste momento de despedida minha alegria
Parte contigo e a tristeza rouba meu sorriso.
Até tu voltares cairei nas lembranças dos seus beijos
Numa insana embriaguez de amor e desejo.
Sem o seu aconchego meus dias perdem o brilho
E as noite ganham em tristezas.
Então ficarei recluso em meus pensamentos
Esperando a tua volta
Par novamente atirar-me nos seus braços
E acabar com este sofrimento.

José Augusto Cavalcante

sábado, 29 de maio de 2010

PAI NOSSO, UMA ORAÇÃO PARA REFLETIR



Se não aceito todos como irmãos,
Não posso dizer "PAI NOSSO".
Se digo "QUE ESTAIS NOS CÉUS",
Não posso amar tesouros na terra.
Se louvo dizendo "SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME",
A minha fé não pode ser por interesse.
Se peço 'VENHA A NÓS O VOSSO REINO",
Tenho de amá-lo sobre todas as coisas.
Se quero que "SEJA FEITA A VOSSA VONTADE",
Não posso satisfazer apenas os meus desejos.
Como dizer "O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE",
Se não reparto o meu pão com os necessitados.
Como pedir "PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS
ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS
A QUEM NOS TEM OFENDIDOS",
Se continuo ofendendo e não perdoando o meu próximo.
Como suplicar "E NÃO DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO
MAS LIVRAI-NOS DO MAL",
Se nada faço para o mundo melhorar.
Como dizer "AMÉM",
Se meus lábios enganam meu coração.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

O PODER DA BÍBLIA



A Bíblia que já foi rasgada,
Queimada, condenada, odiada,
Contestada, desprezada,
Exagerada no fanatismo de alguns,
Mal anunciada por muitos,
E mal interpretada por inúmeros fiéis.
Mesmo assim ELA rompeu fronteiras
Resistindo o poderio dos cavaleiros templários
E as forças poderosas das grandes nações.
Gerações se sucederam, nações surgiram
E governantes se foram.
Mas a Bíblia continua a mesma fonte de vida.
Quem procura encontra luz,
Quem aceita encontra JESUS.

José Augusto Cavalcante

LEMRANÇAS AMARGAS


Meu silêncio
São vontades contidas
Esperanças perdidas
Saudades reprimidas
Paixão de outrora
Coração ferido
Amor bandido
Dor que me devora

Minhas palavras
São dores da alma
Dos segredos desfeitos
Na intimidade da carne.
São mentiras, verdades e medos
Que brotam dos lábios
Por sedução dos desejos
No disfarce dos vocábulos

Minhas lembranças
São marcas do passado
Com cicatrizes na alma.
São mágoas que navegam
No oceano de minhas ilusões
E chegam aos meus olhos como cachoeiras
Encharcando meu travesseiro
Com lágrimas das minhas decepções

Meus sonhos
São flash pervertidos
Caminhos proibidos
Vontades insanas
Carências humanas
Estranhas vidas
Pessoas perdidas
Amores estranhos

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

O VENENO DA FOME


Para muitos não há esperança
A miséria constante em suas vidas
É o prenúncio da morte viva
Que impõe aos excluídos
O veneno da fome
Pobres almas esquecidas
Jogadas ao relento
Agonizam em silêncio
A dor que o devora
Neste mundo diferente
Onde a miséria está presente
A fome rasga o ventre
E os abutres humanos ignoram

Jose Augusto Cavalcante

AMOR NÃO SE COMPRA


Há pessoas ricas
Que vivem o prazer de comprar
E ter tudo que querem.
Em compensação,
Vivem a infelicidade de não ter o amor
Que de graça gostaria de receber.
Isso porque o amor é um sentimento do coração
E o que está no coração
Não se pode comprar e muito menos vender.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

REFLEXÃO


Uma família humilde.
Um pai carpinteiro, José.
Uma mãe simples e imaculada, Maria.
Um Filho que mudaria o mundo
Apenas com o amor e palavras.
J.E.S.U.S

Jose Augusto Cvalcante

P R E C E


Ó Pai,
Fazei abrir meu coração ao arrependimento
Como adiantamento de minhas provas
E abreviamento das minhas pretéritas expiações.

José Augusto Cavalcante

sexta-feira, 28 de maio de 2010

PAIXÃO - UMA FORÇA ESTRANHA


Uma força estranha explode no peito
Arde de um jeito que não se agüenta
Rasga por dentro e sangra por fora
Olhos que choram lágrimas em silêncio

Força insana que inflama os sentidos
Em emoção e delírio desconhece a razão
Força tamanha que alavanca libidos
Nos amores proibidos com desmedida paixão

Essa força anormal que fascina e encanta
Por todos os cantos homens e deuses
No sorver do beijo fecunda o coração
Gerando no ventre os desejos da paixão

Essa força que chega em silêncio
Devorando corações carentes
Na insensatez da paixão
E na vontade emotiva dos sentimentos

José Augusto Cavalcante

quarta-feira, 26 de maio de 2010

TU MORAS EM MIM


As vezes chego a pensar
Que você mora em mim
Que minha alma depende da tua
Que meu corpo depende do teu
E o seu depende do meu
Assim como o sol e a lua
Quando busco você em pensamento
Sempre te encontro dentro de mim em silêncio
Na intimidade dos meus sentimentos

José Augusto Cavalcante

VOCÊ FOI SIMPLESMENTE TUDO


Você foi...
De todos os amores o mais sublime.
De todas as paixões a mais ardente.
De todos os sonhos o mais desejado.
De todos os olhares o mais profundo.
De todos os sorrisos o mais feliz.
De todos os abraços o mais íntimo.
De todos os beijos o mais demorado.
De todas as transas a mais lembrada.
De todas as despedidas a mais triste.
De todas as saudades a mais sentida.
De todas as lágrimas a mais chorada.
De toda solidão a mais carente.
De todas as almas a mais gêmea.
Você foi simplesmente tudo, meu único
E verdadeiro amor. te amo.

José Augusto Cavalcante

terça-feira, 25 de maio de 2010

REFLEXÃO RELIGIOSA


Geralmente nas dificuldades
Procuram-se as mais diversas religiões
Na busca desesperada de atenuar os sofrimentos
Numa esperança irracionada de cura para todos os males.
Nas orações os desejos multiplicam-se
E os pedidos são absurdamente contrários aos propósitos religiosos
E aos princípios cristãos.
Diante deste enleado cenário de posições eclesiásticas,
A igreja se abstrai da essência religiosa, impondo regras,
Condicionando pessoas com normas clericais,
Onde os fiéis tentam cumpri-las mudando suas aparências
Físicas e sociais, mas sem a conversão da alma.
Qualquer seguimento religioso criado para mudar costumes,
Vícios, desejos, etc... terão resultados aparentemente satisfatórios
Por que serão frágeis e sem consistência.
Os ditames bíblicos esclarece que Deus primeiramente
Entra em nosso espírito e a partir daí a transformação acontece
Independentemente da nacionalidade, condição social ou religiosa.
É preciso compreender que uma nova escala de valores
Ou uma nova filosofia de vida em nada resolve
Se não permitir que Deus atue em cada esfera da tua vida.
Enquanto as igrejas impôem aos seus fiéis regras doutrinárias
Para o exercício religioso de fora para dentro,
Os ensinamentos cristão deixado por Jesus Cristo
Opera na Alma de dentro para fora através do espírito santo
Com força para expandir-se a todos os homens
Num só sentimento de gratidão a Deus e amor ao próximo.
Jose Augusto Cavalcante

domingo, 23 de maio de 2010

AMAR É TUDO


Amar é a união do corpo a uma alma.
Ser amado é a união da alma a um corpo.
Amar e ser amado é unificação do amor
Que através de dois corpos se afinam
Em alma e espírito para juntos evoluírem.

José Augusto Cavalcante

sexta-feira, 21 de maio de 2010

TRAVESTIDO DE MENDIGO


Oh Deus,
Aquele pedinte eras tu,
Travestido de mendigo,
Chamava-me de filho,
Pedia-me abrigo,
Chorava a sua dor,
Falava-me com amor,
Palavras dóceis e amáveis,
Gestos simples e agradáveis,
Iguais aos ensinamentos do Senhor.
Oh Deus,
Aquele pedinte eras tu,
Trazia a riqueza na alma,
Nos lábios a humildade que acalma,
No corpo trapos para discernir o filho escolhido.
Pobres são aqueles que correm por caminhos perdidos
Na busca incessante de ter sempre mais.
A ganância de acumular tesouros na terra
Cegam os olhos e eles não enxergam
Que que um dia tudo ficará para traz

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

F É


As vezes em nossos caminhos
Os obstáculos são intransponíveis,
Para ultrapassá-los
É preciso mais que esperança,
É preciso fé,
Por que só a fé transforma
Esperança em certeza.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

DEUS ILUMINA MINHA ALMA


Oh Deus,
Fazei resplandecer em mim tua luz
De modo que seus raios penetrem meu corpo
Até o âmago de minha alma
Transformando meus desejos
Em instrumento de tua vontade

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

A INVEJA NO SORRISO


Cuidado,
com aqueles que te abraçam
Com sorrisos nos lábios.
As vezes a doçura do sorriso,
Esconde no coração
O veneno da inveja.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

O BEIJO


Quando se ama verdadeiramente
O beijo unifica corpo e alma
E os corações apaixonados
Pulsam no mesmo compasso.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

AMOR ESTRANHO AMOR


O amor que vejo pelo mundo afora,
É um amor sem demora,
É um amor abstraído,
É um amor sem sentido,
É um amor bandido,
É um amor que devora,
É um amor indefinido,
É um amor de tempo perdido,
É um amor adormecido;
É um amor que não acorda,
É um amor de paixão incerta,
É um amor que não completa,
É um amor que não liberta,
É um amor que não consola,
É um amor que faz mal,
É um amor carnal,
É um amor fatal,
É um amor que chora,
É um amor de sexo objeto,
É um amor de atração averno,
É um amor que leva ao inferno
É um amor que se evapora.

José Augusto Cavalcante

PRIMEIRO ENCONTRO


Uma prosa, conversa gostosa
Papo furado, tudo animado
Pura alegria, fantasia
Ousadia, felicidade
Cortejo, desejo
Primeiro beijo
Quase roubado
Envergonhado, desculpado
Assunto novo, tudo de novo
Mais um beijo
Mais gostoso, guloso
Delicioso, saboroso
Demorado, salivado
Perfumado, caprichado
Molhado, safado
Cheio de malícia
Beijos com carícias
Que deixam tontos
Atordoados, extasiados
Apaixonados no primeiro encontro.

AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

DEUS NOS UNIU


Deus nos uniu
Para fazer de mim
Uma pessoa melhor
Diante do espelho da alma
E da essência da vida

Deus nos uniu
Com luminares do sol e da lua
Para acender minha fé
E transformar minhas esperanças
Em certezas

Deus nos uniu
Pra completar minha metade
E silenciar o eco de minha dor
Na fragilidade do meu ser
Com a imortalidade do teu amor

Deus nos uniu
Com ventre morno e sereno
Pra me acolher de amor pleno
E unir nossas metades
No silêncio profundo das almas

Jose Augusto Cavalcante

MENTIRA


O difícil não é mentir,
Mas sustentar a mentira.
Porém, pior que sustentar a mentira
É conviver com a dor que enganou alguém
E a certeza que jamais enganará a si mesmo.

Jose Augusto Cavalcante

VIVER SÓ POR AMOR


A vida só vale a pena
Se for por amor.
Nem que seja
Por um momento
De tristeza, esperança e dor.
Mas que seja por amor.

Jose Augusto Cavalcante

SUICÍDIO LENTO


Há pessoas que não percebe a morte
E aos poucos vão morrendo lentamente
Na ignorância do orgulho
E nas paixões mundanas da carne.
É triste sentirmos saudades de pessoas vivas
Que estão partindo lentamente
Sem a percepção do mal que lhe causa.
Pobre alma ignorante,
Não compreende que o desprezo pela vida
É o caminho mais curto para morte.

José Augusto Cavalcante

AS PALAVRAS DO POETA


Minhas palavras
Levam-me a horizontes infinitos
Por caminhos invisíveis
E lugares não habitados.
As palavras irão comigo
Ao encontro inusitado do desconhecido
Cruzando a via lacta por mundos sagrados
Dos espíritos desencarnados.
Minhas palavras
Me lavam a alma,
Enxugam-me as lágrimas
E acalma minha dor.
Como se fossem rimas de poesias
Harmonizaram minha vida
E me revestiram de amor.

José Augusto Cavalcante

MATEMATICA DO AMOR


Quanto mais tento te esquecer
Mais penso em você,
E quando penso em você
Meu amor se multiplica
Mas não me explica
Porque não se define
Entre o sair e ficar.
Só sei que estou dividida,
Com medo, diminuída,
Procurando argumentos,
Somando sentimentos
Encontrei a única saída.
Vou ter de te amar
Por toda minha vida.


Jose Augusto Cavalcante

quinta-feira, 20 de maio de 2010

COMO TE AMEI


Como eu te amava
Para mim ninguem era igual a você
Quando seus braços me enlaçavam
Com seu corpo colado ao meu
Minha carne tremia
E meu ventre se contorcia
Num frenesi de prazer
Como eu te amava
Mesmo assim você me trocou
Mas no jogo do amor
Nem sempre quem ama
Sai vencedor
E nesse nosso jogo
Não sei quem ganhou
O certo é que nós dois perdemos
Eu porque te amava
Você porque perdeu quem mais te amou
Talvez você tenha perdido mais do que eu
Porque ainda poderei amar alguém como amei você
Mas você nunca vai encontrar quem te ame
Como eu te amei.

Jose augusto Cavalcante

AMOR, UM PALAVRA DESGASTADA


Amor,
É a expressão de sentimento mais sublime,
Com ele, nossas forças se agigantam
E nossos horizontes se expandem infinitamente.
Mas, com o passar dos tempos a palavra amor
Foi ficando desgastada nos lábios daqueles que falam
O que seus corações não dizem. São egoístas que não amam
E buscam em outros corações o amor que jamais tiveram.
Estas pessoas geralmente trocam de parceiros
Como se fosse combustível para seus corações,
Querem ser amados mas nunca estão dispostos a amar,
Nem mesmo a si e muito menos aos outros.
Porém, quando esses relacionamentos amorosos se prolongam
Tornam-se picadeiros de ciúmes e cobranças,
Exatamente por que ambos querem receber
O que seus corações jamais podem dar,
E tudo que envolve conspira para uma relação
Amarga e asfixiante.

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

AMANTE OU ATRIZ


No início parecem amigos
Depois encontros escondidos
Aceitação, paixão, traição
Beijos suspeitos
Segredos, desejos
Carícias e vontades
Culpa, cumplicidade
Mentiras, verdades
Sentimentos, fantasias
Tristezas, alegrias
Lágrimas sem dores
Sexo sem pudores
Tudo acontece
Raiva, estreasse
Saudade, vazio, solidão
Certeza, incerteza, ilusão
Excitação, instinto, libido
Explosão, tesão incontido
Entrega total
Tudo carnal
Prazer desmedido
Orgasmo múltiplos, fingidos
Sussurros mudos, gemidos
Tempo perdido
Amor bandido
Ferido, infeliz
Estima ferida, cicatriz
Amada amante ou apenas atriz.

AUTOR - JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

terça-feira, 18 de maio de 2010

NÃO QUERO SUA AMIZADE, EU QUERO MAIS


Eu gosto do teu olhar, do teu sorriso franco,
Do teu ombro amigo, mas não me contento apenas com isso.
Eu quero mais que amizade, eu quero tudo, eu quero você.
Embora tenha guardado esse sentimento por tanto tempo
Chega um momento que os desejos afloram
E o corpo carente implora muito mais que um olhar.
Já não tenho controle das minhas carências diante de você,
Por mais que eu queira esconder não posso
está nos meu olhos, em meus sentimentos, nos pensamentos
Que imagino congo realizar.
Fecho os olhos e nos seus braços me acho
Me encaixo, me abro, viajo imaginando
Os toques íntimos de suas mãos
Abrindo segredos de minha carne
Até os mais profundos vales umedecidos de minha intimidade.
Eu não preciso satisfazer minhas necessidades
Na vulgaridade do sexo fácil,
Por que não busco apenas o prazer momentâneo.
O que eu quero na verdade é a felicidade de te amar
Pra lhe ter por toda vida
E poder dizer: te amo, te amo, te amo.

José Augusto Cavalcante

OBRIGADO SENHOR



Obrigado Senhor pelos dias que ne dás.
Obrigado pelos momentos de silêncio nos quais
encontro a Tua Presença a ensinar, a abençoar
E a amar o ser que habita em mim.
Por vezes me perco de Ti, parecendo não
lembrar de tua existência... E vou
como se pudesse realmente ir sozinho... Aos
poucos vou sentindo a flor muchar, o perfume
desaparecer, a noite chegar. E então meu coração
lembra a mim que algo se perdeu e que é chegada
a hora de resgatar o que o que tão facilmente
esqueci pelas cores, pelos dias, pelas curvas
da minha distração.
E quando novamente reencontro Tua Presença
em meu ser, tudo ilumina, tudo floresce, tudo vive.
E assim, dia a dia, momento a momento, vou resgatando
a memória daquilo que és, daquilo que sou.
Sei que perderei e reencontrarei Tua Presença
muitas vezes... Até chegar o dia em que já não
Te perderei mais, pois terei encontrado a mim mesmo
na graça e na leveza de teu amor.

José Augusto Cavalcante

segunda-feira, 17 de maio de 2010

FUGINDO DA ROTINA


No quarto um cheiro de amor e sexo.
Na cama meu corpo inebriado, submisso, despojado,
De olhos vendados, braços amarrados, totalmente indefesa.
Como uma tigresa temida
Fui atraída, seduzida e abatida,
Pra depois saciar a fome de meu caçador.
Fui devorada na cumplicidade de minhas vontades
E possuída até o mais íntimo vale de meu ser.
Saciada na profundidade de minha carne,
Pude perceber que o amor só se realiza na intimidade
Quando a ousadia íntima busca na fantasia dos corpos nus
O caminho mais curto do prazer
Sem preconceitos, falsos moralismos ou tabus.

Jose Augusto Cavalcante

domingo, 16 de maio de 2010

CHORO POR AMOR



Choro...
Porque você disse-me adeus
Porque meus olhos não vêem os seus
Porque meus lábios não beijam os teus
Porque minhas mãos não podem de tocar
Porque meus sentimentos teimam te amar
Porque não tenho você por perto
Porque me sinto incompleto
Porque me falta você pra me completar
Choro... e choro copiosamente
Porque as lágrimas vazaram da paixão
Porque não sinto o pulsar do seu coração
Porque a solidão invadiu meu quarto
Porque te magoei e fui magoado
Porque sinto falta dos teus afagos
Porque me sinto carente
Porque com você descobri o amor
Porque o amor me fez te amar eternamente.

José Augusto Cavalcante

CÁRCERE HOSPITALAR



Quanto mais envelheço,
Mais meu corpo arde e minha alma chora o passado.
As dores insuportáveis das enfermidades
Rasga-me a carne e joga-me num cárcere hospitalar.
Este mal incurável que me abate
É o prenúncio da morte lenta
Que invade todo meu ser com este terrível sofrimento.
O remorso, antes, arredio dos meus sentimentos,
Agora, consume minha mente impondo-me um amanhã de incertezas
Quando saudável,
O prazer de mostrar-me arrogante diante dos humildes ,
Enchia-me o espírito de vaidade
E meu ego explodia de superioridade.
Hoje, devorado pelos vermes das enfermidades,
Sinto-me rejeitado, imprestável, um ser inútil.
Meus sentimentos torpes e fúteis,
Eram satisfações de minhas vontades
E realizações dos meus desejos.
Agora, jogado neste leito branco e pútrido
Acho-me num sepulcro caiado
Esmagado com as lembranças do passado.
Essas lembranças impõe ao meu espírito a tortura dos culpados
E a certeza que partirei para eternidade com a alma endividada.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

CRISTO, SALVA-ME DO INFERNO


Cristo,
Aqui estou,
Prostrado, envergonhado,
Um vaso quebrado,
Um corpo aos pedaços,
Um resto de barro,
Que sobra de mim.
Escuta Senhor os meus gritos,
Eu te imploro, eu te suplico,
Mas por favor, salva meu espírito.
Livra-me dos caminhos avernos,
Das torturas do inferno,
Do calor das fornalhas,
Das chamas incendiárias,
Das brasas incandescentes,
Das grutas ardentes,
Dos vales de lágrimas,
Da boca salgada,
Da febre que aleija,
Da escravidão das trevas,
Dos ventos uivantes,
Dos gritos satânicos
Dos olhos fumegantes,
Dos abraços mortais,
Das lanças afiadas,
Das carnes dilacerados,
Dos corpos em brasas,
Dos garfos infernais.
Cristo, eu te suplico,
Interceda a misericórdia do pai eterno
Que salve-me do fogo do inferno,
E das mãos impiedosas de satanás

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

sexta-feira, 14 de maio de 2010

AMO SEU BEIJO


Não amo a sua boca vermelha,
De contorno perfeito,
De lábios carnudos,
De hálito puro,
De dentes brancos
E sorriso franco.
Tudo isso me atiça
E estimula meus desejos.
O que mais amo em você,
É a pureza do teu ser
E a doçura do seu beijo.

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

quinta-feira, 13 de maio de 2010

MOMENTOS DE SOLIDÃO


São nos momentos de solidão
Que choramos e sentimos
A falta de alguem
Que antes pouco importava.

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

OBJETO DE PRAZER


Tu és a fantasia do prazer e do amor
És o calor que me aquece nas noites frias
És a energia que preciso nos meus dias
És o analgésico que anestesia minha dor

Mulher amante que me embriaga com seus beijos
Mulher sem medo pra amar e ser amada
Que faz amor como uma gueixa depravada
Estimulada se contorce de desejo

Ao deitar nua se insinua sensual
Seu corpo vira meu brinquedo predileto
Errado ou certo quero ser seu objeto
De luxúria e prazer sexual

Quando acorda sem vergonha, pede mais
Sua boca carnuda faminta me procura
Suas coxas entre as minhas se misturam
E seus seios me perfuram como dois punhais.

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

A LÁGRIMA QUE DÓI


A lágrima que mais dói
Não molha nossa face
É a lágrima do disfarce
Que os olhos não alcançam
Que nos faz perder os sentidos
Que prende o eco do grito
E explode na garganta

A lágrima que mais dói
Os olhos não choram
Nasce do choro engolido
Do soluço contido
Do olhar perdido
Dos amigos inimigos
Que machucam e vão embora.

A lágrima que mais dói
É aquela que não se vê
Nasce da soberba do não
Tem gosto de rejeição
Te joga no chão
Rasga o coração
Sem ninguém perceber

AUTOR - JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

FOME DE AMOR


Sem você
Cama vazia
Noite fria
Solidão invade
Saudade bate
Lembranças doem
Desejos corroem
Olhos choram
Lágrimas rolam
Boca geme
Lábios tremem
Coração acelera
Pulsação altera
Mãos inquietas
Buscas incertas
Vontades insanas
Pernas bambas
Estúpido libido
Sexo incontido
Ânsia ardente
Passado presente
Alegria e dor
Esqueço que sou
Desconheço a razão
É pura paixão
É loucura do coração
É fome de amor.

JOSÉ AUGUSTOCAVALCANTE

quarta-feira, 12 de maio de 2010

CORAÇÃO COVARDE


Recusar o amor de alguem
É o mais desalmado pulsar
De um coração covarde

José Augusto Cavalcante

MARCAS DA PAIXÃO


É na fria solidão do quarto que me embriago
Nos orgasmos que seu passado me recobra
E como fantasma toma-me nos braços e me devora
Na volúpia de meus desejos, nas lembranças de outrora

Como esquecer esse desejo que arde na carne
Inquieta a alma na fragilidade de meu ser
Como negar essa paixão tamanha
Que sai de minhas entranhas sêmen de prazer

Esse passado que me anima e me acalma
Que transforma o fel de minhas mágoas
Em doces lágrimas de prazer

Confesso que na sua ausência fiz sexo em quantidade
Mas, a multiplicidade dos orgasmos, só senti de verdade
Quando fiz amor com você

JOSE AUGUSTO CAVALCANTE

sexta-feira, 7 de maio de 2010

OLHE NOS MEUS OLHOS


Você me olha e não me vê,
Quando me vê, não me enxerga,
Quando me enxerga, me acha diferente.
Vem, toma-me nos braços,
Olha nos meus olhos e veja-me tão somente.
Deixe que teus olhos penetrem meu corpo
Até o âmago de minha alma.
Assim, talvez você compreenda os meus sentimentos
E o por que das minhas lágrimas.

José Augusto Cavalcante

MEDO DA DISTANCIA


Tenho medo
Que a distancia entre eu e você
Não transforme nossas esperanças
Em dias de incertezas

José Augusto Cavalcante

quinta-feira, 6 de maio de 2010

BENDITAS LÁGRIMAS


Benditas sejam as lágrimas
Que nas minhas aflições
Lavam minha alma
E purifica meu espírito.

Jose Augusto Cavalcante

PORTO DO AMOR


Teu ventre é o porto
Onde a âncora de meu corpo
Costuma ancorar

Jose Augusto Cavalcante

quarta-feira, 5 de maio de 2010

TOQUES ÍNTIMOS


Minhas mãos suaves e insaciáveis
De toques lépidos e intrépidos
Percorrem meu corpo deslizando nas curvas
Com astuta habilidade,
Numa viagem impudica de lúbrica intimidade.
Mão inquietas que escorregam
Sobre a maciez de meu corpo desnudo,
Rodopiando meus seios pontiagudos
Num movimento rítmico alucinante,
Deixando-me ofegante
Num extasiante delírio de embriaguez.
A avidez de minhas mãos
Buscam sem medos os mais íntimos segredos
Escondidos no vale umedecido de meu ser.
O prazer que sinto a cada toque íntimo de minhas mãos,
Me extasia e arrepia a porosidade de minha pele.
São toques desmedidos, incontidos,
Atrevidos, gulosos e famintos,
Que devoram minha carne
Na volúpia ardente do desejo,
Na ausência do seu beijo,
Na fria solidão do quarto
Quando a dor invade meu peito
Com saudade de você.

José Augusto Cavalcante

terça-feira, 4 de maio de 2010

A COLHEITA


Ninguém nasce pra sofrer,
Todos nós nascemos para progredir em abundância
E viver em harmonia com o próximo.
A dor, o sofrimento, a injustiça e as adversidades
Fazem parte do processo evolutivo do ser humano
Durante a sua existência terrena.
A dor humana independe da posição social,
Econômica e religiosa de cada um de nós.
No entanto, o espírito utiliza-se da matéria
Para mostrar a fragilidade do corpo
Diante da grandeza do seu criador.
É preciso refletir e observar que os pecados cometidos
Não são percebidos por quem os cometem
Tornando ainda mais pecadores.
Desta forma, as dívidas espirituais irão se acumulando
Nas satisfações prazerosas dos desejos.
Infelizmente, estas pessoas não tem a sensibilidade
De perceberem vibrações negativas caindo sobre seus lares
Atingindo os que usufruíram dos frutos desta colheita.
Por isso a lei da semeadura é clara e justa:
Você planta e colhe no tempo certo
Os frutos da semente que um dia você plantou.
Portanto, tudo que você semeou ao longo da tua existência
Colherás em abundância. Por isso tenha cuidado
Com as sementes plantadas na tua caminhada.
Elas darão os frutos que alimentarão teu espírito
Por toda eternidade.

Autor. José Augusto Cavalcante

DÚVIDA


Não sei se enalteço
A prostituta que ganha seu sustento
Nos prostíbulos da vida,
Ou se repilo a traição deplorável
Das pessoas que carregam nas aparências
O protótipo da moralidade perante a sociedade.

Jose Augusto Cavalcante

JESUS OU BARRABÁS


Mesmo conhecendo os ensinamento de Jesus
A humanidade está mais egoísta, violenta e desumanizada.
Será que essa humanidade ainda não sabe o que faz?
Pelo visto ainda cruscificam Jesus
E libertam Barrabás.


Jose Augusto Cavalcante

LIVRE-ARBÍTRIO


A grande sabedoria do livre-arbítrio
É a certeza de que cada um
Pode construir a sua eternidade.

José Augusto Cavalcante