quarta-feira, 5 de maio de 2010

TOQUES ÍNTIMOS


Minhas mãos suaves e insaciáveis
De toques lépidos e intrépidos
Percorrem meu corpo deslizando nas curvas
Com astuta habilidade,
Numa viagem impudica de lúbrica intimidade.
Mão inquietas que escorregam
Sobre a maciez de meu corpo desnudo,
Rodopiando meus seios pontiagudos
Num movimento rítmico alucinante,
Deixando-me ofegante
Num extasiante delírio de embriaguez.
A avidez de minhas mãos
Buscam sem medos os mais íntimos segredos
Escondidos no vale umedecido de meu ser.
O prazer que sinto a cada toque íntimo de minhas mãos,
Me extasia e arrepia a porosidade de minha pele.
São toques desmedidos, incontidos,
Atrevidos, gulosos e famintos,
Que devoram minha carne
Na volúpia ardente do desejo,
Na ausência do seu beijo,
Na fria solidão do quarto
Quando a dor invade meu peito
Com saudade de você.

José Augusto Cavalcante

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