quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

PRESO NO SEPULCRO




Senhor, estou morto e acorrentado aos erros do passado
E como castigo construí meu próprio cárcere
Um rico jazigo todo de mármore
Onde meu corpo em putrefação espera os vermes do pecado

Senhor, quebra o lacre desta sepultura
Resgata-me desta cova pútrida e frígida
Onde minha alma arde arrependida
E meu espírito agoniza em tortura

Vem, santo espírito consolador
Arrebata-me deste sepulcro podre
Antes que os vermes devorem todo meu corpo
Derrame sobre este túmulo a misericórdia do teu amor

Senhor, tu que és o caminho, a verdade e a vida
Salva-me deste infécto jazigo e leva-me pra onde quiseres
Mas não permita ao meu espírito o castigo
De ver meu corpo físico consumido pelos vermes

JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTE

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