terça-feira, 4 de maio de 2010

PAIXÕES VAZIAS


Meus versos não rimam
Desatinam nas lembranças
Das paixões vazias
Dos amores fingidos

Meus versos são espinhos na carne
Que arde na alma
E disfarça na face
O sentimento de dor

Meus versos são gritos contidos
Que os lábios não alcançam
Nascem dentro do peito
E morrem na garganta

Meus versos são lágrimas
Da partida sem despedida
Do vazio do desencontro
Da ferida que não cicatriza

Meus versos choram
A solidão das noites frias
A cama vazia
As lembranças de outrora.


Jose Augusto Cavalcante

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