terça-feira, 22 de junho de 2010

DOENTE DE SAUDADE


Hoje amanheci carente,
Triste, angustiado, doente,
Esperando tão somente
Ouvir a tua voz,
Sentir o teu perfume,
Estimular o meu ciúme
E compreender que nada foi em vão entre nós.
Hoje preciso de você
Como o sol precisa da lua,
E assim como ele que espera todas as noites
A sua deusa nua,
Eu também espero te encontrar
Na solidão das noites frias,
No leito de minha cama vazia
E na ardencia de minha carne crua.
Vem agora, sem rodeios e sem demora
E afasta de minha vida
Essa saudade que me castiga
E essa dor que me devora.

José Augusto Cavalcante

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