sexta-feira, 4 de junho de 2010

ÉS MEU PORTO SEGURO


Deixa-me entrar no oceano de suas intimidades
Navegar por mares desconhecidos
Onde meu olhar infinito
Busque respostas para suas vontades

Deixa-me entrar em seus pensamentos
Como espumas ao vento flutuar sobre o mar
Até encontrar seu corpo desnudo
Meu porto seguro onde irei atracar

Deixa-me entrar mar adentro
Enfrentar as ondas e o tempo
E nas águas profundas de teu ventre
Sorver a tua concha de corais

Deixa-me subir os icebergs mais alto do teu corpo
E em torno dos seus picos fazer rodopios sensuais
Até me embriagar e cair em devaneios
Pra sentir teus seios me perfurar como dois punhais

Deixa-me que o tempo me leve ao encontro do cais
Deixa-me que o vento governo meu leme maroto
Deixa-me que a âncora dos desejos encontre seu corpo
Deixa-me que seu ventre seja meu porto de paz

José Augusto Cavalcante

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